quinta-feira, 20 de outubro de 2011

ENSAIO SOBRE A....LOUCURA

Finalmente, depois de meses sem postar, eis que me encontro novamente frente a esta minha válvula de alívio moral, a qual não vinha dando a devida atenção nos últimos tempos. Não acredito que as coisas tenham mudado de forma radical; de uma maneira geral 2011 tem sido um ano ruim em muitos aspectos, e bom em alguns poucos. Não estou sendo pessimista, mas definitvamente, quando você começa a torcer pro ano acabar logo, é porque as coisas não estão como você gostaria. Eu costumo dizer que tenho muita sorte na vida, o que eu não tenho é paciência. Paciência para que as coisas aconteçam como tem que acontecer. Geralmente coloco minha razão à frente e esqueço que por trás de tudo isso tem um plano maior. Custo às vezes a acreditar que se há uma missão ao qual eu devo fazer, eu não sei se estou fazendo.

Me sinto invisível para a grande maioria das pessoas; esse é o carma do introvertido. Tenho uns poucos amigos sinceros, mas em geral sou meio coadjuvante nos locais onde eu ando. Muitas pessoas me dizem que essas pessoas é que perdem de poder conhecer uma pessoa legal, mas sinceramente, não creio nisso. Acho que despertei minha consciência cedo demais e me isolei de algumas coisas; até consigo fazer coisas que eu fazia antes, mas quando se sabe o que faz, a cobrança interna é muito maior.

Meus defeitos são defeitos, mas minhas qualidades não são exatamente qualidades no mundo de hoje. Como costumo dizer "tá todo mundo enlouquecendo", nessa incessante busca por prazer está fazendo com que deixemos de nos relacionar com pessoas, para nos relacionarmos com objetos para nossa satisfação. Realmente faço parte daquele 1% que não se encaixa em lugar nenhum. Se eu pudesse voltar atrás e não escolher despertar, eu voltaria, ou então deixaria pra despertar após a metanóia, lá pelos meus 45, 50 anos.

Estou numa idade estranha; sempre me disseram que era uma idade boa, mas sinceramente não tenho colhido louros dela. Não tenho saído, meus amigos a maioria morr..ops..se casou. No meu trabalho não consigo criar vínculos, pois fico um pouco em cada lugar. Enfim, todos os ingredientes para um monólogo sem platéia. A profundidade deu lugar a futilidade, ainda mais nessa cidade imbecil onde moro. Eu não vejo saída e creio que todos estamos destinados a enlouquecer. E como no livro de Saramago, num mundo onde todos estão cegos ou loucos, aqueles que conseguirem manter um pouco da sanidade, enxergarão além. Se bem que não sei se considero isso uma boa coisa.

POSTADO AO SOM DE: Heino( Dou um real pra quem conseguir decifrar a qual gênero sexual pertence essa criatura...)