E cá estou eu aqui com meu oitavo ou nono blog. Todos eles continuam por aí, de alguma maneira todos fizeram parte de mim em algum momento, me ajudaram a superar ou mesmo me fazer refletir sobre minhas próprias falas. Mas esse nome, Barrela, me remete a uma história que me trás boas e más lembranças ao mesmo tempo. Barrela é um dos filmes nacionais mais emblemáticos que já assisti. Nem tanto pela história criada por Plínio Marcos, ou pela atuação do genial Paulo César Peréio, mas muito mais pelo nível altamente catártico das frases do filme, que me traziam alívio ao proferí-las nos mais variados contextos. E quando me surgiu a idéia de criar um blog, logo pensei nesse nome. O blog ficou desatualizado e sem postagens por alguns anos, até que por um motivo de saúde bem sério que passei, me levou a um quadro de depressão clínica. Nesse momento, um grande amigo, que hoje está do outro lado do atlântico, na velha bota, me sugeriu que eu voltasse a escrever no blog, como forma de alívio e ocupação mental. E assim comecei, sem grandes pretensões, a contar histórias da minha vida, sempre num tom sarcástico e humorístico, que me é característico, e isso foi criando um pequeno público, que acompanhava veementemente minhas desventuras ali descritas. Eu realmente tinha muitas histórias pra contar, muitas coisas pelas quais passei e que de maneira irônica, consegui extrair comédia da tragédia. E assim foi durante aquele ano de 2006...o blog crescendo e com graças eu fui melhorando aos poucos da enfermidade. Eu costumava pensar que a queda da qualidade nos posts fosse pelo fato de eu estar melhorando, e que quando não há dor, o artista não se insipira. Em parte foi isso, mas hoje, quando me dei conta de que precisava escrever de novo percebi que não foi a doença ou ausência dela a responsável pela parada da produção e sim o fato de eu não estar mais ali. O blog, que inicialmente era pra contar sobre mim, acabou se tornando um centro virtual de entrenimento para os leitores e não mais para mim. De repente ficou algo burocrático, porque eu tentava ser engraçado pra agradar os outros, porém sem conteúdo e sentido, apenas escrever por escrever. Porém, nesse momento de semi-crise, senti vontade de voltar para mim e relatar o que tem acontecido comigo nos últimos tempos. Como diria a canção "eu vou voltar aos velhos tempos de mim...!"
Não tenho a preocupção de postar religiosamente ou muito menos escrever para agradar. Se minhas histórias interessarem, fico imensamente feliz, mas se não, eu escrevo porque tenho me sentido bem com isso. Realmente agora acho que tenho novas histórias pra contar...ou são as velhas histórias com uma nova roupagem...enfim...
Abraços
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