Lendo o blog do meu grande amigo, o estupro mental, elogiei muito seu post sobre os canalhas e sua vida longa. Concordo em termos. Não acredito nessa história de que os canalhas tem que ficar aqui para pagar por suas escapadas, ou como algum tipo de castigo prisional, no qual a pena máxima é permanecer por aqui mais tempo. Dizem que os bons morrem jovens. Isso não é verdade e creio que nem sequer existem estatísticas pra isso, mas o grande fato é que a morte glorifica, engrandece. Eu nunca vi num funeral as pessoas dizerem "ainda bem que morreu, esse traste inútil". A morte trás tanto medo a todos, que o desencarne provoca a diluição de antigas rivalidades e o esquecimento de tudo de errado que se fez, tendo até um dia específico em que se rendem homenagens e glórias aos apresuntados. Não acho isso errado de forma alguma, porém me detenho na sentença citada acima, sobre os fato dos bons morrerem jovens. Eu acho que o que acontece é que os bons não são valorizados em vida. Aqueles que dedicam suas vidas a auxiliar, que colocam o sublime amor incondicional a serviço do próximo, esses passam suas vidas incólumes, trabalhando nos bastidores, e só recebem as devidas homenagens quando do desenlace terreno. Só aí as pessoas passam a dar valor, devido aos louros glorificantes do doce abraço de Thanatos. Por quê não dar valor enquanto se tem, enquanto se está próximo, do lado? Porque nada é eterno realmente, nem poderia pois contrariaria toda a roda evolutiva na qual estamos ancorados, mas de verdade quando algo se vai, geralmente não volta, aí começam as homenagens,os documentários, livros e os especiais de fim de ano da globo.
Valorizemos os nossos anjos que estão por aí. Não são muitos, mas às vezes nós é que não temos sensibilidade para perceber suas ações. Mas eles estão por aí, pois uma fagulha de luz sempre ilumina a escuridão.
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
sábado, 18 de dezembro de 2010
O grito dos solitários
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2gB9xkgjKM0TX-i-tXA7Q9n_aWzqTqLzRZQAXLXM7thXWFu4c7sDkBnNcrZuDKwkt2Kap2TuIv7ZdTgQBoXIevBscOaAXCSf6cDyOzlE_BjkGhsEiRy1p1xQ0uzfjwCJjEva-RkHpJqNE/s320/micareta1.jpg)
Em algum passado não muito remoto, me lembro de ter escrito algo a esse respeito, mas não vejo porquê não voltar ao assunto. Já é lugar comum o meu ódio irrestrito a qualquer tipo de balada ou aglomeração imbecil social, porém, creio que existe algo que, embora eu nunca tenha estado em uma, imagino que multiplicaria por uma dízima periódica o quanto eu detesto esse tipo de ambiente. Eu falo aqui das chamadas micaretas! Não, não vou enumerar as razões pelas quais eu jamais pisaria em tal solo, não vou citar os preços "populares" que cobram para as pessoas se aglomerarem, se baterem, se pisarem e porquê não, se urinarem! Sim, porquê eu nunca vi em um abadá um banheiro ou fossa que seja, e toda aquela cerveja não evapora por mágica pelos póros da pele. Também não vou citar a pegação, mesmo porque não sou um cânone ou santo sequer pra condenar,apenas acredito na troca, no intercâmbio entre as pessoas. Duvido que em uma micareta/abadá alguém se preocupe em dizer "olá, antes de beijar-te gostaria de lhe informar sobre minha hérpes bucal!" Conheço um amigo que ama micareta, pois lá ele pode beijar sem dizer uma palavra, utilizando alguma manobra marcial para deter o ser do sexo oposto, numa atitude neandertálica, por assim dizer. Como disse, não acho isso errado, apenas acho que é do ser humano acolher e se perder um pouco em cada pessoa, mas quando esse número é muito elevado, o que será da manhã seguinte dessa pessoa? Não é a toa, que além da ressaca, o sentimento de culpa é um dos mais comuns.
Porém, não era tanto isso que eu queria abordar, e sim falar de uma teoria que eu tenho, e que diz respeito ao título: a micareta é um grito de dor, desesperado em busca de acolhimento e aconchego. Eu passo a me chamar Evelyn boca quente se ao menos, 80% das pessoas que estão lá, se "esbaldando" como dizem, não preferiam estar em casa, vendo um dvd em boa companhia, ou qualquer programa que seja, mas o que quero dizer é que o público de micareta é composto por pessoas que sofreram no amor, ou que já não acreditam mais no mesmo. As letras apenas confirmam esse momento, pois elas tem a capacidade de captar o inconsciente daqueles que estão nessa faixa de frequência, que são quem fazem de verdade as micaretas. Aos artistas cabe apenas transcrever esse sentimento geral. Na verdade,uma boa parte delas até fala de amor, mas aquele "amor" que dura uma noite, um segundo, que embora para alguns se eternize, não vai passar de um rélez momento de um gozo indesfrutável. Muitos vão dizer que é um lugar onde se exteriorizam os demônios, se extravasa e 'joga tudo pro ar", porém não é fácil exorcizar algo que teima em aparecer com força no dia seguinte ao evento: a solidão.
Eu ,como sempre , gosto de meter o dedo na ferida e colocar o que eu acho. Pode ser que muitos não concordem, ou realmente refutem minha idéia, mas é simplesmente o que eu vejo e sinto ao ver aquela multidão de pessoas, marchando como formigas ao som de um marcha fúnebre, disfarçada de "êos êos" indo sabe-se lá pra onde, e jamais se preocupando em olhar para si.
Enfim....
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
Sub-missão
Eu sempre me irritei com autoridades. Se alguém me pede pra fazer algo tentando me coagir, as chances são grandes de que eu não faça, mas se as circunstâncias meio que me obrigarem, pode ter certeza que farei o meu pior. A palavra submissão sempre me causou arrepios na espinha, por causa desse fato mesmo, por me parecer algo de conformismo, apatia. Porém recentemente parei pra pensar na raiz da palavra: Sub-misso, é estar aqui sob o único motivo de fazer aquilo ao qual você se propôs. E muitas vezes me bato nesse tecla, me perguntando se realmente estou fazendo aquilo que é minha missão. Demorei anos pra descobrir minha veia espiritualista, que é minha maior válvula de escape. Não adianta eu querer bater a cabeça tentando ser um cara materialista, corporativo ou mesmo me comparar com pessoas que se dão bem nessa área. Muitas vezes me perco nisso, tentando me encaixar numa normalidade que não é pra mim, pois estou longe de ser normal, aliás, parafraseando frase clássica "normal me cansa". Não espere me ver querendo ter uma família normalzinha, como daquelas de comercial de margarina, uma vida normalzinha, do tipo "chego em casa depois de um dia de trabalho, afrouxo minha gravata , brigo com minha mulher e tomo uma gelada vendo o futebol". Eu creio que a vida é um pouco mais do que isso. Eu tenho meus hobbies, aos quais procura dar atenção e não abro mão deles, assim como minha vida em geral, sempre me equilibro entre todos os setores. Porém, com a faculdade e o trabalho, acabei me desviando muito do meu caminho espiritual. A materialidade me deixa denso e aí começa o nervosismo, a irritação e por conseguinte menos tempo pra me dedicar à minha missão. Eu nasci pra ajudar e minha faculdade é uma porta para isso. Porém eu sou um místico, exotérico, mago ou qualquer outra porcaria de rótulo que queiram me colocar, e isso eu não posso negar. Não posso negar que tenho uma visão além do que eu vejo. Se eu assisto uma cena na televisão, sempre me pergunto o que tem por trás disso, pois eu amo uma boa teoria da conspiração. Portanto, preciso voltar a dar vazão para esse meu lado, acreditar na minha própria luminosidade, e fazer o que eu vim fazer. Ainda não posso revelar 100% qual é essa missão, mesmo porque só sei parte dela, mas o fato é que ainda não fiz nem 1%, e o tempo urge. Vou precisar de ajuda, e rogo para que essas pessoas apareçam, se é que já não estão por aí, mas sei que a maior parte dessa missão terei que fazer por mim mesmo.
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